A Série B do futebol nacional impacta de forma considerável o futebol brasileiro. Diversos clubes gigantes, tradicionais, camisas pesadas e de grandes torcidas passaram pela Segundona. Por isso, ela é de suma importância no dia a dia e vamos analisar alguns fatores que corroboram com essa realidade.
Calendário completo para clubes/atletas
Um dos fatores mais interessantes desde a criação da Série B de pontos corridos em meados de 2006 foi a possibilidade de garantir aos jogadores e clubes um calendário cheio. Independentemente de ir bem ou mal na competição, as 20 equipes da Segundona têm garantidos 38 jogos de abril a dezembro.
Essa situação citada acima, claro, beneficia ambos. Os atletas conseguem contratos mais seguros e longevos, e as agremiações podem fazer um planejamento mais consistente para contar com um bom elenco ao longo do ano.
Audiência e venda de direitos de transmissão da Série B
Na temporada passada tivemos uma das edições da Série B mais assistidas de todos os tempos. Com três clubes dos chamados 12 grandes disputando a competição, a audiência foi muito boa, e isso, claro, impacta no desenvolvimento do campeonato.
O jogo entre Ituano e Vasco que garantiu o acesso ao Cruz-maltino rendeu 25 pontos de média com 40% de share a Rede Globo no Rio de Janeiro, segundo dados do IBOPE. Já o jogo que garantiu a promoção do Cruzeiro registrou uma média de 2,2 pontos entre os telespectadores de TV paga – um dos maiores números se tratando dessa modalidade de televisão.
Nesta atual edição, tivemos mudanças significativas no que diz respeito à venda dos direitos de transmissão da Série B. A CBF e os clubes fecharam acordo com Brax para deixá-la responsável por vender a exibição do torneio. Em 2023, o total repassado pelo grupo é de R$ 210 milhões, que cresce proporcionalmente ao longo dos anos. Veja o montante completo.
Impacto do futebol como um todo no Brasil
🔴⚫️ Festa no Barradão para o duelo de hoje. Em menos de uma hora, a bola rola! 🅱️#BrasileirãoSérieB | #Vitória | #PontePreta | #VITxPONhttps://t.co/W7kUlf2rG5
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Um estudo da consultoria EY, junto com a Confederação Brasileira de Futebol, mostrou que o esporte movimenta cerca de 52,9 bilhões de reais na economia brasileira. Isso, em porcentagem, representa 0,72% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Na temporada de 2021, foram movimentados cerca de 4,8 bilhões de dólares em transferências de atletas brasileiros. A maioria, claro, fica por conta dos milionários times da Série A. Porém, a Segunda Divisão também contribuiu com os números.
Esse impacto não acontece apenas diretamente pelos clubes. Ou seja, com compras de atletas, negociações e etc, mas também de forma indireta, gerando assim, muitos empregos. De acordo com a própria EY, cerca de 37,8 milhões de reais do montante foram movimentados por bares, restaurantes e comerciantes em geral que trabalham em dia de jogos.
O Guarani levou a melhor sobre a Ponte Preta no Dérbi Campineiro, no sábado
Se liguem na festa do torcedor do Bugre 🟢⚪️#BrasileirãoSérieB | #Guarani | #AvanteMeuBugrepic.twitter.com/DIBVNU8aXF
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⚫⚪ Se em campo o resultado não veio, fora dele o Ceará fez história!
Ontem o Vozão bateu recorde nacional com mais de 37 mil torcedores entre mulheres, crianças e PCDs na Arena Castelão 🏟️! Se liga na festa linda que fizeram:👀 ⬇️#CearáSC #Ceará #Vozãopic.twitter.com/27QQjSQLRy— Brasileirão Série B 🇧🇷 (@seriebcom) May 29, 2023
Somado a isso tudo explicado, o amor do brasileiro pelo esporte e por seu time faz com que o comércio gire semanalmente. Na atual temporada, algumas semanas tivemos jogos todos os dias da semana – o que aumenta a rotatividade de pessoas consumindo o evento, seja presencialmente ou pela televisão. Porém, o comum é pelo menos três ou quatro vezes por semana termos partidas de todas os níveis. Hoje, o futebol contribuiu e muito para o desenvolvimento das cidades que têm clubes envolvidos nas principais divisões do país.
Foto de capa: Victor Ferreira/ECV