O Goiás teve um rendimento ruim na Série A e acabou sendo rebaixado para a Segundona de 2024. Nesta semana o clube apresentou Luciano Paciello, o novo CEO do Esmeraldino. O dirigente falou em entrevista coletiva sobre o planejamento goiano para a próxima temporada.
O CEO do Goiás elogiou a capacidade financeira do clube na sua chegada. Para Luciano Paciello, o Esmeraldino está na frente de diversos clubes do futebol nacional.
A situação financeira do clube realmente é diferenciada se compararmos com a média dos clubes brasileiros. O potencial não só da marca, mas também dos ativos na parte imobiliária nos permite pensar numa série de vertentes. Tem o pilar do futebol, mas é possível gerar outras receitas para retroalimentar o futebol”, declarou.
Luciano ainda afirmou que o Goiás tem uma previsão de gastos milionário para a disputa das competições em 2024. O dirigente disse que esse aporte pode ajudar o Verdão a ter uma temporada sólida.
Temos o orçamento definido, na ordem de R$ 50 milhões. Como ele vai ser usado ainda vamos discutir internamente, mas é um número bastante expressivo para 2024. Com a situação financeira do Goiás e com esse orçamento já definido, existe uma grande possibilidade de termos um ano muito proveitoso tanto do ponto de vista esportivo quanto do financeiro. No final, ter essa segurança financeira também te ajuda a fazer outros negócios pontuais que aparecem no futebol”, falou.
Expert em consultoria, finanças, recursos humanos, planejamento estratégico e controladoria, o profissional tem em seu currículo trabalhos no esporte entre 2013 e 2018. Se destaca uma passagem pelo Palmeiras. O CEO do Goiás fez um comparativo entre as duas realidades.
O ponto importante, para deixar frisado, é que se compararmos o Palmeiras de 10 anos atrás com o Goiás de hoje, o Goiás está muito mais preparado do que o Palmeiras estava em 2013, seja do ponto de vista financeiro e de governança. Em 2013, o Palmeiras teve 25% da receita apenas. O resto estava tudo adiantado”, afirmou antes de completar.
O Goiás não tem adiantamento de receita, tem uma situação financeira sólida, tem um centro de treinamento importante, um local para jogar. O Palmeiras ainda tinha um estádio em construção. Isso dá muita bagagem e potencial para fazer o que tem que ser feito. No Palmeiras, tivemos que começar lá de trás, pois tivemos que fazer toda a reestruturação financeira. Não tínhamos nem acesso a bancos justamente pelo risco que estas instituições viam no Palmeiras”, analisou.
Campanha no Goiás no rebaixamento para a Série B
O Esmeraldino terminou na 18ª colocação, com 38 pontos conquistados. Em 38 rodadas, o Goiás venceu nove jogos, empatou 11 e perdeu 18 confrontos. A equipe assinalou 36 gols e sofreu 53.
Foto: Rogério Farina/Goiás E.C.